Os dois pescadores portugueses a bordo do navio pesqueiro Santa Ana, que se afundou hoje de madrugada próximo de Cabo Peñas (Astúrias), são de Matosinhos e Leça. Não é ainda conhecida a nacionalidade das vítimas mortais do naufrágio.
Em declarações à TSF, António Cabral, secretário geral das Associação de Armadores de Pesca Industrial, confirma que estavam dois portugueses entre a tripulação do barco que naufragou.
A embarcação estava registada no Porto de Leixões mas pertence a um armador espanhol. António Cabral diz que o navio tinha todas as condições de segurança, «com excelentes condições de operação».
O mestre José Festas, da Associação Pro-Maior Segurança dos Homens do Mar (APSHM), adiantou à agência Lusa que «um dos portugueses é de Leça e tinha cerca de 60 anos e o outro é de Matosinhos.
Também à Lusa, fonte da empresa armadora Pescas Balayo avançou que o naufrágio pode ter sido causado por um baixio.
«Foi um baixio perto do porto, um monte no fundo do mar em que o barco passou. Alguém não se apercebeu onde estava e o barco, como ia em navegação, meteu-se na pedra, rasgou o fundo e afundou-se imediatamente», disse Armando Soares, representante das Pescas Balayo em Portugal.
De acordo com Armando Soares. «foi encontrado um tripulante com vida, um espanhol. Foram também recolhidos dois corpos, dos quais ainda não se conhece a naturalidade, e os restantes estão desaparecidos».
A tripulação do Santa Ana era formada por nove tripulantes, dois dos quais portugueses, provenientes de Matosinhos e Leça, cinco espanhóis e dois indonésios.
O Salvamento Marítimo informou que às 05:30 locais (04:30 em Lisboa) o pesqueiro Ciudad de Albufeira falou com o Centro de Coordenação de Salvamento em Gijón, alertando para o possível naufrágio do Santa Ana, com o qual deixou de conseguir contactar.