A falta de estabilidade do Santa Ana está a dificultar o trabalho da equipa de mergulhadores e o navio pesqueiro está rodeado por redes e preso numa zona de fortes correntes e de rebentação.
Uma informação avançada à TSF pelo gabinete de imprensa do Centro de Salvamento Marítimo Espanhol que descreve a operação de resgate dos seis pescadores desaparecidos como muito perigosa e delicada.
Ao longo do dia, os mergulhadores vão fazer uma nova tentativa para chegarem ao interior da embarcação, vão tentar estabilizá-la e estão a estudar a possibilidade de desencalharem o barco.
O Centro de Salvamento Marítimo Espanhol explica que o objetivo é aproveitar a maré baixa para tentar chegar o mais próximo possível do navio.
Participam nas operações de busca e salvamento uma equipa de quatro mergulhadores e um técnico das Operações Especiais da base estratégica de Fene.
Esta manhã, os meios aéreos não puderam ser acionados devido ao denso nevoeiro no Cabo Peñas. Se as condições de visibilidade melhorarem o Centro de Salvamento Marítimo tem disponíveis dois helicópteros para sobrevoarem a zona.
Vão ainda juntar-se mais uma patrulha da Guarda Civil com elementos do Grupo Especial de Atividades subaquáticas e um barco da Cruz Vermelha.
O jornal Faro de Vigo diz que o Santa Ana transporta 50 toneladas de combustível e que ainda não se sabe se o barco pesqueiro está inteiro ou se se partiu em dois. As equipas de busca e salvamento já alargaram o perímetro de busca.
As autoridades acreditam que os seis pescadores desaparecidos - um português, 3 espanhóis e 2 indonésios - podem estar no interior do barco, porque tudo indica que estavam a dormir quando ocorreu o acidente.
Contactado pela TSF esta manhã, Eduardo Pereira, cônsul português em Leão, que está a acompanhar os esforços das autoridades espanholas, diz que muito provavelmente ainda não será hoje que será possível encontrar os naufrágos, que estarão dentro da embarcação.