Justiça

Advogado de Jardim Gonçalves responsabiliza BdP por prescrição do processo

Jardim Gonçalves Global Imagens

Em declarações à TSF, Magalhães e Silva, advogado de Jardim Gonçalves, acusa o Banco de Portugal de ser responsável pelos atrasos que levaram à prescrição do processo no caso BCP.

Ontem, o Conselho Superior de Magistratura (CSM) decidiu abrir um inquérito ao processo de prescrição de nove contraordenações imputadas pelo Banco de Portugal (BdP) a Jardim Gonçalves.

Em declarações à TSF, o advogado Magalhães e Silva aplaude a decisão, pois «através do inquérito vai ser possível verificar que quando o processo se iniciou no BdP já tinham decorrido três anos sobre os factos que estão em causa».

«O BdP em vez de mandar o processo para o Ministério Público (MP), demora o processo para ser ele [BdP] a punir. No âmbito dos tribunais não houve nenhum atraso, meteu-se a politiquice no meio disto tudo. O BdP foi um precisoso auxiliar do Governo de José Sócrates para tomar de assalto o BCP», acusa Magalhães e Silva.

Na sexta-feira, o Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa declarou extintos todas as nove contraordenações impostas a Jardim Gonçalves.

Uma decisão que significa que o antigo presidente do BCP não terá que pagar um milhão e euros em coimas e deixa de ficar inibido durante nove anos de exercer atividade na banca.