Citado pelo Expresso, este antigo consultor de Cavaco Silva confirmou ter pedido para ser exonerado do seu cargo para evitar colagens entre a sua posição e a de Cavaco Silva.
Sevinate Pinto, exonerado esta quarta-feira do lugar de consultor do Presidente da República, disse não estar arrependido de ter subscrito o manifesto que defende a reestruturação da dívida.
Citado pela edição eletrónica do Expresso, Sevinate Pinto confirmou que pediu a exoneração do cargo para evitar colagens entre a sua posição e a de Cavaco Silva.
Por seu lado, Adriano Pimpão, que também subscreveu este manifesto, defende que não existe incompatibilidade entre o que tem sido dito por Cavaco Silva e o que foi escrito no manifesto.
Ouvido pela TSF, este ex-presidente do Conselho de Reitores assinalou que o manifesto fala da «sustentabilidade da dívida, o que é fundamental para que o país cresça em termos económicos e salvaguarde o mínimo de direitos sociais para os cidadãos».
Por isso, na opinião de Adriano Pimpão, as posições expressas no manifesto dos 70 são «complementares» e não «antagónicas» às do chefe de Estado, muito embora admita que a Presidência da República possa ter outra opinião.
Já Carvalho da Silva, também ouvido pela TSF, disse ter ficado completamente atónito com esta situação, tendo mesmo falado em comportamento anti-democrático.