A empresa iniciou hoje uma jornada de luta de quatro dias contra a privatização. O sindicato diz que a adesão é de 100 por cento.
A greve começou às 00:00 e a adesão dos trabalhadores na central da Valorsul, em Loures, tem sido total.
Mário Matos, da comissão sindical da Valorsul diz que, até agora, nenhum camião entrou na central de tratamento de lixo.
Em declarações à TSF, o sindicalista sublinha que, ao contrário do que afirma o presidente da empresa, os serviços mínimos não garantem o tratamento dos resíduos.
O presidente da Valorsul, João Figueiredo, afirmou ontem à noite que a greve não vai trazer grandes problemas na receção dos resíduos, uma vez que foram definidos serviços mínimos.
A greve, que dura até à meia-noite de quinta-feira, é contra privatização da empresa que recolhe e trata os resíduos de quase 20 concelhos da área metropolitana de Lisboa.
Os municípios argumentam que a venda aos privados vai fragilizar a situação dos quase 400 trabalhadores e aumentar as tarifas.
O ministro do ambiente, Jorge Moreira da Silva, já fez saber que, até ao final do mês, estará definido o caderno de encargos para a privatização.
A empresa de resíduos Valorsul serve os municípios de Alenquer, Alcobaça, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.