O secretário-geral do PS pediu ao Governo que se disponibilize para um consenso sobre o aumento do salário mínimo nacional, lembrando que tal medida é apoiada por patrões e sindicatos.
«Há um consenso entre as confederações patronais no sentido de promover esse aumento. A CGTP e a UGT estão de acordo com esse aumento. O que é que falta para ele ser concretizado? O Governo disponibilizar-se», lamentou António José Seguro, que falava em Lisboa numa sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", organizada pelo PS.
O dirigente socialista diz ser «interessante e curioso» que o Governo, «que passa a vida com a ladainha do consenso», não promova a unidade nesta matéria promovendo «condições para que haja um aumento do salário mínimo nacional».
«Estamos a falar de poucos euros todos os meses no bolso de um trabalhador que ganha menos de 500 euros todos os meses. Isto faz toda a diferença», frisou.
Na sua intervenção de cerca de 20 minutos, Seguro acusou o executivo liderado por Pedro Passos Coelho de não ter «vontade política» de inverter o «caminho de austeridade» que tem trilhado para o país.
Nas eleições europeias de 25 de maio, sustentou ainda António José Seguro, os partidos do Governo «merecem ser julgados de forma clara» pelos eleitores, que, apelou, devem dar a vitória eleitoral ao PS, «o único partido que pode derrotar a política do atual governo e a política da 'troika'».
«Quem considera que o país está melhor, tem de votar nos representantes do Governo. Quem como nós considera que infelizmente o país está pior e pode melhorar tem de concentrar os votos no PS», apelou o socialista.