A autarquia chama-lhe "hipermercado" de tráfico e consumo de droga. Começou esta manhã a demolição de um complexo industrial abandonado, as chamadas fábricas do sabão, na zona do Campo Alegre.
A Câmara Municipal do Porto avança esta segunda-feira com a demolição de um complexo de edifícios que há vários anos funcionava como um dos principais centros de trafico e consumo de droga da cidade.
A autarquia estima que passassem por aquela zona do Campo Alegre por lá perto de 400 pessoas por dia. O local era também usado para a prostituição.
Recentemente, a autarquia procedeu a um diagnóstico do espaço, concluindo que ele apresentava diversos riscos para a saúde pública, também pela existência em grande quantidade de placas de amianto em adiantada degradação.
Os proprietários dos edifícios foram notificados para garantir a salubridade e segurança da propriedade, o que não aconteceu. Por isso, e terminado o prazo que lhes foi dado, a câmara tomou posse administrativa do terreno e hoje avança para a demolição.
Antes de iniciar o processo de demolição, a Câmara do Porto esteve no local para aplicar um plano social de ajuda às pessoas que ali viviam, tendo contado com o apoio de diversas entidades como juntas de freguesia, da Administração Regional de Saúde, do Centro Distrital de Segurança Social do Porto, Polícia Municipal, do batalhão de sapadores bombeiros e da Proteção Civil.
No âmbito deste processo, os serviços sociais propuseram alojamento aos habitantes regulares do local mas apenas três aceitaram essa ajuda.
A retirada de pessoas dos edifícios e terrenos foi dada como concluída na passada sexta-feira (21 de março). Desde sexta-feira, e durante o fim-de-semana, a Polícia Municipal manteve-se no local, para impedir a reocupação das instalações.