Pedro Passos Coelho abre hoje as jornadas parlamentares, que decorrem em Viseu até terça, e que têm como lema "Portugal pós-troika, compromisso e sustentabilidade". Do programa de trabalhos não constam nem a Reforma do Estado nem as eleições europeias.
Até terça-feira, o partido maioritário que suporta o Governo vai debater questões relacionadas com o pós-troika, que passam pela sustentabilidade da dívida, a economia e o emprego.
Nestas jornadas parlamentares não vão estar presentes ministros, para além do próprio primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho; não vai estar presente o CDS, parceiro de coligação; e a dois meses de eleições, não há um único painel sobre a Europa.
Luís Montenegro, diz que o PSD quer centrar-se apenas no pós-troika. «Independentemente de nós não esquecermos o passado, estamos numa fase em que temos inevitavelmente de olhar para o futuro», sublinha.
O tema forte destas Jornadas Parlamentares é a sustentabilidade financeira, com a participação Guilherme Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, e de Teodora Cardoso.
A presidente do Conselho de Finanças Públicas foi uma das vozes críticas do chamado Manifesto dos 70, mas o PSD diz que quer ouvir também outras vozes e abrir o leque da discussão.
Além da sustentabilidade financeira, os deputados vão debater a economia e emprego e ainda questões da demografia.
Há, no entanto, vários temas "quentes" ficam de fora do debate. Por exemplo, não se falará da Reforma do Estado nem da questão da co-adoção que causou fraturas e chegou a provocar demissões na bancada.