Após Teodora Cardoso ter sugerido a criação de um imposto direto sobre a despesa, Jerónimo de Sousa disse estar totalmente contra esta ideia por ela atingir os que trabalham ou trabalharam uma vida inteira. CGTP e UGT também discordam da proposta da presidente do Conselho de Finanças Públicas.
O PCP entende que o imposto proposto pela presidente do Conselho de Finanças Públicas deixa de fora «dividendos, lucros» e especulação para exigir mais sacrifícios aos trabalhadores.
Referindo-se a Teodora Cardoso, o secretário-geral dos comunistas tem a certeza que a economista «não se estava a referir a mais impostos sobre as grandes fortunas, swaps, parcerias público-privadas».
Para Jerónimo de Sousa, Teodora Cardoso tem na cabeça «é mais impostos sobre quem trabalha ou quem trabalhou a vida inteira».
«Naturalmente estamos em profundo desacordo. Em Portugal, depois do pacto de agressão há mais pobreza e mais injustiças», afirmou o lider do PCP após uma reunião do Comité Central comunista.
O secretário-geral da CGTP lembrou que as «poupanças não se conseguem com aumento de impostos, mas com melhores rendimentos». o que faz com que a proposta de Teodora Cardoso «não faça sentido».
«Se quiserem apostar no corte na despesa têm muitos lados por onde cortes: nas parcerias publico-privadas, off-shores e com outra política fiscal. Basta penalizar os que mais ganham e que têm sido os grandes beneficiados com a crise para imediatamente ajudar a resolver os problemas», explicou.
Ouvido pela TSF, Arménio Carlos adiantou ainda que propor uma «nova taxa ou um novo imposto sobre os rendimentos que são oriundos dos salários e pensões num contexto em que as poucas poupanças das pessoas já estão dizimadas não faz sentido».
Também em declarações à TSF, o líder da UGT, Carlos Silva, também disse «discordar profundamente» desta proposta de Teodora Cardoso que qualificou de «ideia peregrina».