Comentando a execução orçamental dos dois primeiros meses de 2014, o PS fala em tudo ser «falácia e engodo». O Bloco diz que o Governo está mais interessado nos resultados para a troika Já o PSD diz que os sacrifícios estão a valer a pena.
O socialista António Gameiro entende que a execução orçamental dos dois primeiros meses de 2014 demonstra que os «portugueses estão a pagar mais impostos e o Estado está a gastar mais dinheiro desses impostos».
«Depois do enorme aumento de impostos, este Governo continua sempre a cobrar mais, mas também a gastar mais. Não faz nenhuma reforma de Estado, não corta na despesa pública e não corta nas gorduras do Estado. É tudo uma falácia e um engodo», explicou.
Por seu lado, o bloquista Pedro Filipe Soares assinalou o aumento do IRS em janeiro e fevereiro de 2014 e lembrou que o Governo está mais preocupado em apresentar resultados à troika do que com as pessoas.
«O resultado serve para o saque através da dívida pública, que apenas em dois aumentou em 250 milhões de euros o pagamento em relação ao ano anterior», acrescentou.
Para este deputado do Bloco de Esquerda, «cortar salários e aumentar impostos sobre quem trabalha» serve «para que os credores e a finança se regozijem com estes números».
Por seu lado, o social-democrata Duarte Pacheco entende que esta execução orçamental prova que os «sacrifícios que os portugueses estão a fazer estão a ter resultados em termos da consolidação das contas públicas».
«O saldo melhora para o que conta em termos de troika em cerca de 150 milhões de euros e esse resultado deve-se sobretudo ao aumento de impostos diretos e indiretos», acrescentou.
Este deputado do PSD frisou ainda que os resultados a nível dos impostos indiretos «significa que a atividade económica começou a mexer e que o Estado continua a conter as suas despesas».