Pouco estimulante e muito formal. É assim que Peter Mathews, um guru da educação qualifica a relação, em Portugal, da escola com os alunos do primeiro ciclo do ensino básico.
O investigador, que em 2009 liderou, a pedido do Governo de Socrátes, um estudo sobre as políticas de educação, é um dos convidados de uma conferência organizada pela Associação dos Empresários pela Inclusão destinada a analisar a forma como se desenrola a ligação entre os alunos até aos 10 anos de idade e o meio escolar.
Uma ligação que Peter Mathews diz que tem progredido ao longo dos anos, mas que continua longe de ser uma relação apaixonada o que, em muitos casos, acaba por afetar todo o percurso das crianças podendo, mais tarde, levar ao insucesso ou ao abandono escolar.
Para este guru o combate a este problema deve começar no infantário e no primeiro ciclo do ensino básico, mas em moldes bem diferentes dos que existiram até aqui.
Peter Mathews realça que é preciso implementar uma escola com matérias e métodos mais atrativos que inspirem as crianças a progredir nos estudos, um quadro que obrigará a repensar também na figura do professor.
O especialista diz também que é fundamental que o docente encare o seu trabalho de forma aberta e não receie ser avaliado.
Peter Mathews esteve em Portugal há cinco anos. O investigador e autor de um relatório sobre o estado e problemas da educaçao, feito a pedido do governo de José Sócrates.