Vida

Malásia: Imagens de satélite mostram 122 objetos que podem pertencer ao avião desaparecido

Reuters

Novas imagens de satélite francesas revelam a presença de 122 destroços no sul do Oceano Índico, numa das zonas onde está a ser procurado o avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março, com 239 pessoas a bordo.

As imagens que foram conseguidas pelo satélite mostram vários objetos a flutar numa zona de cerca de 400 quilómetros quadrados, declarou hoje à imprensa o ministro dos Transporte da Malásia, Hishammuddin Hussein.

O ministro afirmou ainda considerar que o Governo da Malásia será julgado favoravelmente na posterioridade pela sua conduta face ao desaparecimento do avião que fazia o voo MH370.

«A História vai julgar-nos de forma favorável», disse na mesma conferência.

As buscas pelo avião da Malaysia Airlines desaparecido tinham sido retomadas hoje de madrugada, na costa da Austrália Ocidental, a sudoeste da cidade australiana de Perth.

Na terça-feira, vários familiares das vítimas chinesas do avião da Malaysia Airlines protestaram em frente da embaixada da Malásia em Pequim, acusando os membros do Governo malaio de serem «assassinos» e referindo a sua desconfiança de que a verdade não está a ser revelada na totalidade.

«Exigimos o regresso dos nossos» ou «Eu não posso imaginar viver sem ti» eram frases que podiam ler-se em t-shirts que os manifestantes vestiam, o que deixa também perceber que o protesto terá sido preparado.

A polícia chinesa colocou cerca de 30 efetivos junto às instalações da embaixada da Malásia e fechou o trânsito na rua da representação diplomática, impedindo as pessoas de se aproximarem.

O protesto partiu do hotel onde há cerca de duas semanas estão alojados familiares dos passageiros chineses do voo da companhia malaia e que tem sido o centro das reuniões mantidas entre esses familiares e os responsáveis da Malaysia Airlines.

O voo MH370 da Malaysia Airlines descolou, a 8 de março de Kuala Lumpur, com 239 pessoas a bordo, rumo a Pequim, mas desapareceu dos radares pouco depois da partida em condições que continuam sem explicação, já que não foi lançado qualquer pedido de socorro ou prestada informação de qualquer perigo a bordo.