O historiador Fernando Rosas, que lidera esta investigação, sublinhou que o «estudo sistemático sobre os portugueses mortos nos campos de concentração está inteiramente por fazer».
Pelo menos 70 portugueses estiveram em campos de concentração e 300 foram sujeitos a trabalhos forçados durante a II Guerra Mundial, concluiu uma investigação liderada pelo historiador Fernando Rosas.
Este ex-dirigente do Bloco de Esquerda lembrou que, apesar de já existirem informações pontuais dadas por Irene Pimentel sobre o assunto, o «estudo sistemático sobre os portugueses mortos nos campos de concentração está inteiramente por fazer».
«Na maioria destes campos, os Estados que tiveram nacionais mortos nos campos de concentração têm lá uma placa a assinalar ou a homenagear os mortos nesses campos», acrescentou, em declarações à TSF.
Por isso, acrescenta Fernando Rosas, «sabendo nós que há pelo menos 70 portugueses que morrem nos campos de concentração é extraordinário que o Estado português finja que não conheça ou não conhece».
O historiador adiantou ainda que o projeto foi rejeitado para financiamento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, mas houve uma instituição alemã que ficou interessada nesta investigação.
«Uma fundação alemã especializada no apoio aos estudos nacionais dos diversos países que foram compelidos aos trabalhos forçados na Alemanha durante a guerra soube da nossa preocupação e interesse com o trabalho forçado português na Alemanha e convidou-nos a concorrer», explicou.