No Brasil, a polícia e o exército ocuparam, esta manhã, o Complexo da Maré, um conjunto de favelas consideradas as mais perigosas do Rio de Janeiro. Foram detidas cerca de cem pessoas.
A dois meses e meio do início do Mundial de Futebol, mais de 1200 policias e militares entraram esta manhã no Complexo da Maré, apoiados por 14 blindados da Marinha e da Polícia Militar, além de aviões não tripulados das Forças Armadas e da polícia Federal.
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O Complexo da Maré é um conjunto de 16 favelas, com mais de 120 mil habitantes, e é considerado um dos locais mais perigosos do Rio de Janeiro. E, por estarem junto ao aeroporto internacional, são também um ponto estratégico para a segurança do campeonato do mundo de futebol.
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Simbolicamente, a bandeira nacional do Brasil foi içada às 13:30, hora de Lisboa, neste Complexo da Maré. Uma forma do Estado mostrar que controla esta parte da cidade que deixa de estar nas mãos do crime organizado.
A polícia e o exército tomaram conta deste complexo de favelas sem que tenha havido troca de tiros. O secretário estadual de segurança, José Mariano Beltrame, fez uma comunicação via redes sociais a pedir a colaboração da comunidade de mais de 120 mil habitantes.
A rede Globo diz que a operação já levou à detenção de uma centena de pessoas, incluindo o gestor financeiro do tráfico de droga no bairro.
Esta ocupação do Complexo da Maré acontece no âmbito do processo de "pacificação", iniciado em 2008 com a instalação de 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em 174 favelas. A polícia justifica a intervenção como uma medida de pacificação, a 74 dias do Mundial de futebol.
Desde o início do ano, oito polícias, incluindo quatro da UPP, morreram em serviço e as UPP têm sido atacadas nas últimas semanas alegadamente pelo crime organizado.