O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmaram hoje em Atenas que a saída de Portugal do programa será discutida em breve.
Enquanto aguarda pela decisão do Governo português sobre a estratégia de saída do programa de ajustamento, o comissário para os assuntos económicos e monetários, Olli Rehn, afirmou que a economia portuguesa melhorou.
«Temos algumas boas notícias sobre o período mais recente da economia portuguesa. Penso que é importante ter em conta a redução do desemprego em Portugal. Não é suficiente, mas mostra que se está a ir na direção certa e a recuperação da economia está a ganhar terreno», disse.
A pouco mais de mês e meio de Portugal concluir o programa de assistência, o Governo português quer aproveitar o tempo que lhe resta e ainda não informou Bruxelas sobre a estratégia de saída.
À entrada da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, em Atenas, Olli Rehn manteve a opinião da Comissão Europeia sobre como Portugal deve sair do programa, ou seja, um programa cautelar.
«Somos da opinião, e continuamos a ser da opinião, que mais prevenir que remediar, mas ao mesmo tempo tem havidos melhorias significativas na economia portuguesa e na perceção que os mercados têm» da economia portuguesa, declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre quando deve começar a ser debatida a forma de saída de Portugal do atual programa de resgate - quer termina em meados de maio - Olli Rehn diz que esta deve começar «nas próximas semanas».
Já para o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, Portugal deve avaliar a evolução da economia e a reação dos mercados e só depois adotar uma decisão.
«Penso que deveremos usar o tempo que temos, que será até ao meio de maio. Então continuamos a ter algum tempo para ver como é que a economia avança e como é que os mercados respondem. Penso que deveremos usar esse tempo antes de adoptar uma decisão. Não hoje», afirmou.