Portugal

Augusto Santos Silva admite «erros» no processo dos Estaleiros de Viana

Augusto Santos Silva Global Imagens

Apesar de ter reconhecido «lapsos» quando foi ministro da Defesa no que toca ao processo dos Estaleiros de Viana, Augusto Santos Silva sublinhou que não foi no seu tempo que se «decidiu tornar irreversível o desaparecimento dos estaleiros».

Augusto Santos Silva reconheceu, esta terça-feira, que nem tudo correu bem com o processo dos Estaleiros de Viana do Castelo durante o período em que assumiu a pasta da Defesa.

Apesar de assumir a «responsabilidade política» por «lapsos, falhas e erros», este ex-ministro socialista lembrou também que terá havido «algumas realizações e sucessos».

«Mas não foi então que se procurou e decidiu tornar irreversível o desaparecimento dos estaleiros», sublinhou este antigo titular da pasta da Defesa do Governo de José Sócrates, na Comissão Parlamentar de Inquérito aos Estaleiros de Viana do Castelo.

Para Augusto Santos Silva, «o que o tornou irreversível foi o cancelamento do programa de reestruturação e a criação imprudente de expectativas», bem como o «cancelamento abrupto e total do programa de encomendas da Marinha».

«Foram os dois anos sem trabalho sem novas encomendas nem satisfação das existentes. Foi a precipitação e ambiguidade dos termos escolhidos para a discussão do dossier com a Comissão Europeia e a decisão de encerramento», adiantou.

O antigo ministro socialista aproveitou ainda para rejeitar que tenha sido o Governo de José Sócrates a injetar 180 milhões de euros nos estaleiros, o que foi considerado ilegal pela Direção de Concorrência da Comissão Europeia.

Redação