Mario Draghi voltou hoje a elogiar os esforços feitos por muitos países para a correção dos défices, mas o presidente do Banco Central Europeu, falando aos jornalistas, em Frankfurt , insistiu, sem referir Portugal, que o caminho da consolidação orçamental nos países da moeda única tem de continuar a ser feito.
O presidente do Banco Central Europeu insiste que a Zona Euro tem de tomar passos adicionais para reformar os mercados laborais e de produto.
Na conferência de imprensa depois da reunião que manteve a taxa diretora no mínimo histórico de 0,25%, Mario Draghi, sem referir Portugal, disse que o caminho da consolidação orçamental nos países da moeda única tem de continuar.
Os países do euro, diz o presidente do BCE Mario Draghi, não podem tirar o pé do acelerador depois do caminho feito nos últimos anos.
«Os países da zona euro fizeram progressos importantes na correção dos défices não podem desperdiçar os objetivos alcançados e têm de colocar os rácios da dívida numa trajetória descendente, em linha com o pacto orçamental», adianta.
No entanto a consolidação orçamental tem de ser compatível com o crescimento.
«As estratégias fiscais devem garantir uma consolidação amiga do crescimento com o objetivo de ter serviços públicos mais eficientes e melhor qualidade», realça.
Ainda assim Draghi deixa o aviso. As reformas, incluindo a do mercado laboral, têm de continuar.
«São necessários mais passos decisivos para reformar os mercados de produto e do trabalho para melhorar a competitividade, aumentar o crescikento, gerar oportunidades de emprego e tornar a zona euro mais flexível», adianta.