Política

Primeiro-ministro diz que «repor tudo» seria «regredir» à situação que levou à ajuda externa

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que o país tem que crescer «a partir do novo patamar de equilíbrio» adquirido desde 2011, argumentando que «repor tudo» seria «regredir» para níveis que obrigaram à ajuda externa.

«Se a ideia daqueles que acham que precisamos de ter equilíbrio sem ter medidas e repor tudo o que estava em 2011, se concretizasse, o que aconteceria era que regressaríamos a 2011», afirmou Passos Coelho.

O primeiro-ministro falava no debate quinzenal com o Governo na Assembleia da República, em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.

«Custa muito à oposição compreender que uma coisa é crescer a partir do patamar que conseguimos conquistar de novo equilíbrio - crescer na economia, crescer nos rendimentos, crescer nos salários, crescer nas pensões -, a partir do novo patamar de equilíbrio que alcançámos, ou ter que regredir para níveis de 2011», afirmou.

O chefe do executivo defendeu que foram esses níveis que obrigaram país a ter a recorrer ao «auxílio externo».

Passos reiterou ainda a ideia segundo a qual «a redução do défice e o equilíbrio não são um fetiche» para o Governo mas «objetivos instrumentais» para «sair da crise e ter investimento».

«Os anos que temos à nossa frente são anos de grande exigência, não são anos de facilidade. Claro que isto é um bocadinho desconcertante para quem com muita frequência acusa o Governo de só andar em campanha eleitoral», disse.

«Como nós não andamos em campanha eleitoral a prometer aumentar tudo, a prometer repor tudo, baixar impostos, e por aí fora, como não andamos nessa campanha, há um certo desconcerto. Não sabe a oposição quando acusa o Governo de amar a austeridade ou quando acusa o Governo de afinal estar a prometer para as eleições mundos e fundos», afirmou.

Redação