Há quatro anos no agora segundo melhor restaurante do mundo, Leonardo Pereira lembrou que o gosto pela cozinha começou na pequena aldeia onde nasceu.
Leonardo Pereira, sous-chef do afamado restaurante dinamarquês Noma, quer regressar às origens e abrir um restaurante longe das grandes cidades, em Portugal.
«Pode ser numa aldeia, numa vila piscatória, pode ser no meio de uma montanha», acrescentou este chef português, que está há quatro anos no Noma, que foi durante dois anos considerado como o melhor restaurante do mundo.
Responsável pelos produtos usados neste restaurante que tem duas estrelas Michelin e que é considerado o segundo melhor do mundo, Leonardo Pereira diz que apanhou o gosto pela cozinha na pequena aldeia onde nasceu perto de Santa Maria da Feira.
«Com cinco anos de idade andava a apanhar morangos só com uma t-shirt. Pequenos atos como ir buscar os ovos ao galinheiro, tirar as batatas da terra e colher os limões da árvore foram os que me influenciaram mais», recordou o cozinheiro de 29 anos.
Leonardo Pereira, que está em Portugal para participar no Sangue na Guelra, dedicado aos chefs mais jovens e que está integrado na iniciativa Peixe em Lisboa, lembrou ainda que a sua mãe lhe mostrou coisas que habitualmente não são ensinadas a um filho.
«Ele ensinava-me: 'este queijo é daqui, mostrava-me ervas diferentes, algas'», adiantou Leonardo Pereira, que disse que foram estes sabores que decidiu transportar quando decidiu ser cozinheiro na Irlanda, onde trabalhava 18 horas por dia.
Leonardo Pereira almoçou depois no Noma e foi aí que decidiu que queria trabalhar neste restaurante dinamarquês, por ser «uma lufada de ar fresco na forma como faziam os caldos e tratavam o legume».