Jovens portugueses e sul-coreanos vão poder permanecer, de férias e a trabalhar, na Coreia do Sul ou em Portugal, até ao máximo de um ano, no âmbito dum acordo hoje assinado em Seul entre os dois governos.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, assinou hoje com o seu homólogo sul-coreano, Byung-se Yun, um memorando de entendimento, segundo o qual cada país emitirá vistos para jovens que queiram viajar para o outro país.
Cada país emitirá um máximo de 200 vistos para trabalho em férias por ano, sendo que em Portugal o visto inicial tem um prazo de quatro meses, prorrogável até 12 meses, enquanto na Coreia do Sul esta permanência temporária inicial é de três meses, podendo ser estendida até aos 12.
Este acordo «permite um intercâmbio com vantagens culturais nítidas, o que é extremamente significativo», disse aos jornalistas Rui Machete, que se encontra em visita oficial à Coreia do Sul desde quarta-feira e até sexta-feira.
Este é o primeiro memorando deste tipo que Portugal estabelece com outro país, mas o Governo está a preparar outras iniciativas semelhantes, nomeadamente com a Austrália e com a Nova Zelândia.
«Os jovens têm oportunidade de fazer umas férias num país diferente e ao mesmo tempo trabalhar, angariando alguns meios para sustentar as suas férias», acrescentou.
Caberá aos jovens, que devem ter entre 18 e 30 anos, procurarem esse trabalho, na área que quiserem, cabendo às autoridades dos dois países um apoio nesse sentido.
A divulgação da língua e da cultura portuguesas também estão a dar os primeiros passos na Coreia do Sul, onde duas universidades ensinam português, com «algumas centenas de estudantes», referiu o ministro Rui Machete.
Durante uma reunião e almoço de trabalho que manteve com o seu homólogo, Rui Machete defendeu a importância do reforço do investimento da Samsung, empresa instalada em Portugal há mais de 30 anos, para aproveitar as capacidades dos jovens e o conhecimento universitário.
No entanto, o responsável de negócios empresariais da Samsung em Portugal, Sérgio Ferreira, que integra a comitiva empresarial que acompanha a visita oficial do ministro, disse aos jornalistas que «não há neste momento nenhum projeto de investimento adicional previsto».
A marca admite reforçar a sua presença em Portugal através das lojas, depois da abertura da primeira loja de marca própria em Lisboa, no mês passado.
A TSF viaja a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros