Política

Europeias: Paulo Rangel e Nuno Melo renovam críticas ao PS

Paulo Rangel e Nuno Melo Direitos Reservados

Na apresentação pública da lista Aliança Portugal, Paulo Rangel desafiou o PS a reconhecer os erros políticos dos anteriores governos socialistas e Nuno Melo afirmou que as europeias «vão marcar a diferença entre quem nos trouxe a troika e quem nos vai livrar da troika».

Paulo Rangel, cabeça de lista da Aliança Portugal (PSD/CDS-PP) às eleições europeias de 25 de maio, deixou hoje o desafio: «Estará o PS disponível para se comprometer a mudar de caminho, inverter as suas políticas e a deixar de falar em investimentos que criam mais dívida, mais endividamento e nos conduziram à bancarrota».

Rangel, que falava na Curia, em Anadia, na apresentação oficial da lista de candidatos da Aliança Portugal, disse que os socialistas têm de dizer «se querem mudar as políticas do passado ou se o sinal que nos dão com a sua lista, com dois ministros de António Guterres, com dois governantes de ponta de José Sócrates e um líder parlamentar de Sócrates e Guterres como cabeça de lista, significa que querem de novo regressar ao passado, à espiral da dívida, da bancarrota e do despesismo».

«O país está a recuperar, em retoma, não quer regressar ao passado, e por isso temos de levar uma mensagem de esperança, mostrando que depois de três anos de muito esforço e de grande sacrifício, somos capazes de pôr Portugal na rota do crescimento, da criação de emprego, da competitividade e do combate à exclusão social», sublinhou.

Na sua intervenção, de 13 minutos, Paulo Rangel exortou ainda o líder do PS, António José Seguro, a explicar como é que defende a mutualização da dívida como única medida para resolver o problema da crise europeia e de Portugal, quando o candidato socialista à presidência do Parlamento Europeu, Martin Schulz, a considera «inviável neste momento».

Já Nuno Melo, primeiro candidato do CDS-PP na lista conjunta com o PSD, afirmou que «estas eleições não vão ser umas primárias das Legislativas, mas vão ser seguramente a primeira oportunidade para os portugueses penalizarem os socialistas em eleições europeias pela banca rota que trouxeram a Portugal».

O candidato do CDS-PP, que ocupa o quarto lugar da lista Aliança Portugal, acusou os socialistas de «desbaratarem o que Portugal não tinha, até sobrar o dinheiro necessário para as despesas que o País tem de suportar durante um dia», lembrando que quando o Governo de José Sócrates negociou o programa de austeridade, havia em caixa 300 milhões de euros.

Tal como Paulo Rangel, Nuno Melo desafiou Seguro a dizer se vai apoiar o candidato dos socialistas à presidência da Comissão Europeia, Martin Schulz, que já antecipou que está contra a mutualização da dívida.

«Importa saber se António José Seguro estará na rua, do lado do alemão Martins Schulz a patrocinar a sua candidatura à presidência da Comissão Europeia, pondo em causa os interesses de Portugal», disse.

Os líderes dos dois partidos, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, estiveram presentes na sessão mas não prestaram declarações.