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Chile/Incêndio: Número de vitimas mortais sobe para 16 (video)

Valparaiso, Chile Reuters/Eliseo Fernandez

O fogo obrigou à retirada de mais de dez mil pessoas e destruiu mais de 500 casas segundo a agência Associated Press. O incendio já consumiu 760 hectares da cidade que é património da humanidade da Unesco.

Subiu para 16 o balanço mais recente do número de vítimas mortais devido ao incêndio que atinge a região de Valparaiso, no Chile. As chamas obrigaram à retirada de mais de dez mil pessoas e mais de 500 casas foram destruidas.

Cerca de 1250 bombeiros, polícia e outras forças de segurança estão a ajudar no combate às chamas, auxiliados por 14 helicópteros e 6 aviões, enquanto membros das forças militares do país ajudam a patrulhar as ruas para manter a ordem e evitar pilhagens.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, defendeu que é preciso assegurar a ordem e ajudar os mais necessitados. Bachelet adiantou que o número de mortos pode aumentar quando as autoridades conseguirem entrar nas áreas ardidas.

Patricio Bustos, diretor dos serviços forenses chilenos, citado pela agência Associated Press, indicou o estado de destruição é tal que vão ter de ser realizados testes de ADN para identificar as vítimas.

Ouvido pela TSF, Juan Carlos, responsável dos bombeiros de Valparaiso descreve um cenário dantesco e diz que a cidade nunca tinha visto uma catástrofe tão grande.

O responsável dos bombeiros de Valparaiso explica que o vento na cidade cheia de colinas tem sido a maior dificuldade no combate às chamas.

O incêndio, que se estendeu a 270 hectares, começou no sábado com um fogo florestal em La Pólvora pelas 16:00 (20:00 em Lisboa) e foi ganhando força à medida que a tarde avançava. O vento forte fez com que se propagasse às zonas povoadas de La Cruz, El Vergel, Las Cañas e Mariposas.

Este foi já considerado o pior fogo a atingir a esta zona pitoresca do Chile, desde 1953, quando 50 pessoas perderam a vida e várias estruturas da cidade ficaram completamente destruidas.

Apesar de as chamas estarem confinadas às colinas da cidade, Bachelet declarou toda a cidade como zona de catástrofe e em estado de emergência, colocando os militares responsáveis por manter a ordem.