No Dia Mundial do Desenhador, a TSF foi conhecer o trabalho dos peritos da Polícia Judiciária que conseguem desenhar pessoas que nunca viram, os chamados retratos-robô.
Para construir um retrato-robô, o desenhador pega em três informações básicas: o sexo, a faixa etária e o aspeto geral da cara. Depois, vai acrescentando informação de acordo com o relato que está a ser feito pelas vítimas ou testemunhos.
Há três peritos da Polícia Judiciária (PJ) que desenham retratos-robô e que, a partir de um programa informático, conseguem desenhar algo que num olhar de relance parece uma autêntica fotografia de alguém que nunca viram.
Quando acaba a entrevista, o perito do Laboratório de Polícia Científica da Judiciária não mexe mais no retrato.
A TSF conversou com um destes peritos, Mário Jorge, o desenhador responsável pelo retrato-robô do violador de Telheiras. Ele conta que foram feitas 844 alterações durante a entrevista conjunta com cinco das vítimas do homem que acabaria por ser depois apanhado e condenado.
As discrepâncias entre as várias descrições sobre a mesma pessoa é uma das variáveis com que o desenhador do retrato-robô tem que saber lidar.