Freitas do Amaral acusou esta manhã o atual executivo de ser o «mais à direita» das últimas quatro décadas e fala em «forte retrocesso histórico».
Freitas do Amaral acusou esta manhã o atual Governo de tentar uma viragem constitucional por via de alterações que o antigo dirigente centrista considera inconstitucionais.
«Vivemos num período de forte retrocesso histórico, liderado pelo Governo mais à direita que Portugal teve nos últimos 40 anos, o qual vai procurando, dissimulada mas persistentemente, tentar realizar uma mudança constitucional de forma inconstitucional que apresenta traços característicos de regresso ao um passado que julgávamos irrepetível», acusou.
O antigo dirigente centrista defendeu que o voto é uma das três linhas de defesa para fazer face às tentativas de atacar a Constituição.
«A primeira linha tem pertencido e há-de continuar certamente a pertencer ao Tribunal Constitucional (TC). A segunda compete aos políticos no ativo de todos os quadrantes políticos e, de modo especial, aos verdadeiros sociais democratas e democratas cristãos que permanecem, ainda que silenciados ou marginalizados, no PSD e no CDS», declarou Freitas do Amaral no congresso "A Revolução de Abril: Portugal 1974-75", que decorre entre hoje e quinta-feira no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
«A terceira linha pertence ao povo soberano. Oxalá este aproveite o próximo dia 25 de maio para manifestar inequivocamente a mesma reprovação total que exprimiu com toda a razão aquando da provocatória tentativa de reforma da TSU», acrescentou.