A Associação Nacional de Municípios classifica de «repugnante» a decisão do Governo de fechar metade das repartições de finanças até ao fim de maio. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos não acredita que o prazo seja cumprido.
O presidente da Associação Nacional de Munícipios Portugueses (ANMP) acusa o Governo de «cegueira administrativa» e de ataque às populações.
Manuel Machado reage assim à decisão ontem confirmada por Paulo Portas de encerrar, até ao fim de maio, 50 por cento das repartições de finanças do país.
Trata-se de uma das medidas que tem de ser executada na reta final do programa de ajustamento e que consta como encargo para o Estado na última avaliação da troika que começa esta terça-feira.
Manuel Machado considera que a medida anda perto de ser «repugnante» e diz que o Governo não tem dialogado com as autarquias sobre este assunto. Por isso, sublinha, o executivo não deve contar com os bons ofícios dos autarcas para defender esta medida, pois serão firmes na recusa de serem instrumentalizados.
Contactado esta manhã pela TSF, Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, diz que o Governo não vai conseguir cumprir o prazo, devido a questões «logísticas, tramitação de processos, deslocalização dos trabalhadores», entre outras questões.