Política

Oposição não acredita em fim de cortes aos salários e pensões

Após a última reunião entre os deputados e a troika, o PS voltou a rejeitar «consensos com base em políticas que não resolveram problemas». Os comunistas garantem que as atuais políticas vão continuar e o Bloco fala em «blind date» entre Governo e troika.

O PS não acredita nas palavras do Governo que garante que não vai fazer mais cortes nos salários e nas pensões e, por isso, volta a rejeitar o apelo para consensos, em virtude da duplicação da austeridade em que resultaram as políticas do Executivo.

Após a última reunião dos deputados com a troika, o socialista Pedro Marques assegurou que «procurar consensos com base em políticas que não resolveram os problemas do ponto de vista económico e da dívida pública é muito difícil».

O comunista Miguel Tiago garantiu também que as «políticas são para continuar» e explicou que a troika «não quis detalhar cada um dos acordos que estão a estabelecer com o Governo português no sentido dessa continuação».

Por seu lado, o bloquista Luís Fazenda fala num «blind date» entre o Governo e a troika, até porque nem a troika falou sobre o Governo nem o Executivo falou sobre a troika.

Este deputado do Bloco de Esquerda assegurou ainda que o Manifesto dos 74 irritou a Comissão Europeia e o FMI, instituições que classificaram o documento como «inoportuno, errado e mal dirigido».

Por seu lado, o deputado Miguel Frasquilho, do PSD, garantiu que o «ajustamento salarial no grosso no total da economia parece-nos que está feito».

«É natural que na esfera pública se possa assistir ainda a algumas medidas que possam ser apresentadas», que «não agravarão a fatura salarial que foi apresentada», acrescentou.