Após uma conversa de duas horas com os credores internacionais, os parceiros sociais ficaram com interpretações diferentes sobre como vai ser esta entidade.
O impacto do programa de ajustamento em Portugal vai ser avaliado por uma entidade independente em meados de outubro, anunciaram os parceiros sociais após uma conversa de duas horas com os credores internacionais.
Para o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, a constituição desta entidade significa que «vamos continuar a ter um polícia».
«Não conhecemos a cara do polícia, mas já sabemos que é independente. Não conhecemos a farda, mas sabemos que está aí», acrescentou.
Por seu lado, Carlos Silva, líder da UGT, lembrou que Subir Lall, chefe da missão do FMI em Portugal, garantiu que «a seguir à saída da troika, cabe aos portugueses, Governo, parceiros sociais decidir o futuro que queremos para o país».
A mesma interpretação tem João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio de Portugal (CCP), que diz que a entidade a criar «fará uma avaliação das medidas tomadas nos últimos três anos do seu impacto e resultado».
Já o líder da CIP vê com bons olhos a ação desta entidade, dado que «este programa de ajustamento tem de ter uma avaliação isenta».
António Saraiva espera que «desta avaliação resulte obter as mais valias e as correções que a economia portuguesa tem de sofrer».