A vaticanista Elisabetta Piqué defende que o papa Francisco iniciou já uma revolução que vai conduzir à reforma da Igreja Católica, preconizada, há algum tempo, por setores mais progressistas.
Entrevistada pela TSF, a vaticanista Elisabetta Piqué, de origem italiana mas a viver em Buenos Aires, e autora do Livro «Francisco, vida e revolução» (Esfera dos Livros), refere a surpresa quotidiana que é o governo do papa Bergollio, em tudo semelhante na personalidade à que revelava na sua diocese de Buenos Aires, onde abandonou o palácio episcopal para vier numa casa comum.
Em Roma segue, há um ano, um percurso que pôs em alvoroço a vivência tradicional da Cúria Romana.
É, entretanto, a política do Vaticano que permite que neste domingo sejam canonizados dois papas.
João XXIII foi fundador, nos últimos 60 anos,do Vaticano II. Apresenta-se sem qualquer milagre.
Por seu lado, João Paulo II, desaparecido há nove anos, esteve à frente de um dos mais longos pontificados da história da Igreja. Traz um considerável número de milagres, depois dos crentes o aclamarem de "santo súbito", no dia do seu funeral.
Vozes mais críticas julgam que a canonização do papa Wojtyla não era necessária e pode ofender muitas vítimas de pedofilia do clero, que o papa polaco não salvaguardou a tempo.