Vida

Milhares de artigos religiosos apreendidos em Roma na véspera da canonização

Vaticano, Roma Reuters/Tony Gentile

Ao todo, são mais de 700 mil peças falsas, lembranças e souvenirs com a imagem do Papa Francisco e dos futuros santos João XXIII e João Paulo II.

Os objetos vão desde relógios, a ímans, etiquetas ou pequenos quadros que, se tivessem sido vendidos em vez dos produtos oficiais com data de 27 de abril, iriam render cerca de três milhões e meio de euros.

A operação a que a polícia chamou de "guerra contra os mercadores do Templo" foi iniciada logo no início do ano pela equipa financeira de investigadores da polícia, em articulação com o Vaticano.

Foram ainda detetados dois locais de produção destes artigos, só possível a partir da investigação à caixa de rosários com a figura do papa argentino, que foram distribuídos de forma gratuita aos fiéis em setembro do ano passado e descobertos perto da Santa Sé.

Agora, mais 1500 caixas iguais foram apreendidas contendo o mesmo terço pronto a ser vendido a milhares de peregrinos, apenas por três euros cada.

A polícia também inspecionou centenas de hospedarias, muitas consideradas impróprias ou geridas de forma irregular. 23 estruturas foram multadas por falta de licença de atividade, por terem um número de quartos superior ao que é permitido por lei ou porque não cumpriam os padrões de saúde ou requisitos fiscais.