A votação antecipada das forças de segurança iraquianas foi ensombrada hoje por uma série de atentados que causaram pelo menos 27 mortos e levantam receios em relação ao dia das eleições, marcadas para quarta-feira.
Soldados e polícias votam dois dias mais cedo para poderem depois vigiar as legislativas, as primeiras desde a partida das tropas norte-americanas no final de 2011.
Nas eleições anteriores, em 2010, os atentados causaram perto de 40 mortos e dezenas de feridos e, desde então, o Iraque mergulhou numa nova espiral de violência. Desde o início do ano foram mortos cerca de 600 soldados e polícias.
Temendo uma escalada com a aproximação da votação, para a qual estão inscritos um pouco mais de 20 milhões de eleitores, as autoridades decretaram cinco dias feriados, de domingo a quinta-feira.
Hoje foram mortos pelo menos 27 membros das forças de segurança em 10 ataques em todo o país, a maioria dos quais visando assembleias de voto, embora colunas de militares também tenham sido atacadas.
O ataque mais mortífero, um atentado suicida contra uma assembleia de voto a oeste de Bagdad, matou pelo menos sete polícias e feriu outras 15 pessoas.
Em Kirkuk, um bombista suicida detonou os explosivos que transportava numa assembleia de voto, matando oito polícias, segundo responsáveis da segurança.
Também pelo menos seis jornalistas iraquianos ficaram feridos num ataque a um autocarro que os transportava para uma assembleia de voto em Mossul.
Os ataques não foram reivindicados.
Além dos cerca de 800.000 membros das forças de segurança, os doentes hospitalizados, o pessoal médico, os presos e os guardas prisionais também votam hoje.
Os iraquianos no estrangeiro começaram a votar no domingo e podem fazê-lo ainda hoje.
Mais de 9.000 candidatos disputam 328 lugares no parlamento e o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, candidata-se a um terceiro mandato.