O ministro da Saúde, Paulo Macedo, garante que a portaria que prevê o encerramento de valências em algumas unidades não é definitiva e que é apenas uma base «importante» de trabalho para a reorganização hospitalar.
O Ministro da Saúde, que falava na Comissão Parlamentar de Saúde, onde está a ser ouvido a pedido do PCP, sublinhou ainda que a carteira de serviços dos hospitais será delineada tendo também como base, por exemplo, as redes de referenciação.
Paulo Macedo diz, no entanto, que a portaria não é para ignorar, já que vai indicar algumas necessidades, por exemplo, na área da saude mental.
O ministro anunciou também que o orçamento da Saúde vai crescer em 2015, em relação a este ano, não revelando o valor. Paulo Macedo fez a revelação durante uma resposta ao deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, sobre as contas do setor.
«A saúde tem de ser protegida», disse, lembrando que nos últimos anos se tem registado um reforço financeiro neste setor. «Há muito mais dinheiro para a saúde do que o que foi retirado», afirmou Paulo Macedo, lamentando, contudo, que «este dinheiro é infelizmente para pagar dividas e o que herdámos».
Sobre a Cruz Vermelha portuguesa Paulo Macedo confirma que não foi renovado o acordo nem para este ano nem para o próximo.
Nesta audição, o ministro referiu ainda a alegada taxa que o Governo equaciona sobre «produtos nocivos», afirmando que o Ministério da Saúde tem de estudar as medidas e que nenhuma taxa será implementada sem ser aprovada em Conselho de Ministros.
Paulo Macedo garantiu que a medida não está «implícita» no Documento de Estratégia Orçamental (DEO).