Economia

PS acusa Governo de aumentar impostos e de faltar à verdade

O PS acusou hoje o Governo de ter «voltado a faltar a palavra» perante os portugueses, já que nos próximos anos haverá aumentos de impostos, mais cortes e a austeridade vai continuar.

A posição foi assumida por Eurico Brilhante Dias, membro da direção do PS, após a divulgação do Documento de Estratégia Orçamental (DEO) até 2018, que alivia a contribuição extraordinária dos pensionistas, repõe 20 por cento dos cortes aplicados aos trabalhadores do setor público em 2015, mas agrava as contribuições para a Segurança Social em 0,2 pontos percentuais (para 11,2 por cento) e sobe a taxa máxima do IVA para 23,25 por cento.

«O Governo voltou a faltar à verdade, enganando os portugueses de forma sistemática. No passado dia 14, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que não haveria mais aumento da carga fiscal, mas hoje os portugueses ficaram a saber que vão ter de pagar mais impostos», declarou o membro do Secretariado Nacional do PS.

Em conferência de imprensa, Eurico Brilhante Dias disse que os portugueses só podem ter uma certeza: «O Governo, de forma repetida, diz uma coisa e faz outra».

«No passado dia 15, a ministra de Estado e das Finanças [Maria Luís Albuquerque] dizia que não haveria aumento de impostos ou esforço extra sobre salários e pensões, mas hoje sabemos que teremos mais impostos e mais cortes permanentes nos salários e nas pensões», apontou o dirigente socialista.

Na sua reação ao DEO, Eurico Brilhante Dias visou também o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, referindo que ainda hoje o presidente do CDS dizia que o «aumento de impostos» de 2013 tinha constituído uma «enorme violação de consciência».^

«Pois, hoje, o senhor vice-primeiro-ministro voltou a violar a sua consciência. O Governo tem uma agenda escondida e os portugueses estão confrontados com um aumento da taxa social única (TSU) e um aumento de impostos sobre o consumo», sustentou o membro da direção do PS.