O PCP acusou o Governo de mentir e querer perpetuar as políticas da 'troika' com o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), considerando que o que se oferece aos portugueses é um «futuro de empobrecimento». O BE criticou o «documento de embuste orçamental».
«O DEO mostra de forma clara e inequívoca que o Governo pretende perpetuar as políticas dos PEC's e da 'troika', não há qualquer mudança de política, é a política dos PEC's, da 'troika' que o Governo pretende continuar a impor por muitos anos», afirmou o deputado do PCP Paulo Sá, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
Num comentário ao DEO, apresentado esta tarde pelo Governo, Paulo Sá acusou o Governo de «mentir deliberadamente» durante os últimos três anos quando disse que os cortes nos salários e nas pensões seriam aplicados apenas no período de duração do programa de ajustamento.
«O Governo mentiu de forma deliberada e o que propõe no DEO até 2017 é a continuação desta política de cortes», sublinhou.
Por seu turno, o BE classificou hoje o Documento de Estratégia Orçamental (DEO) com um «embuste orçamental», alertando para a possibilidade da entrada em vigor da nova tabela salarial da função pública poder vir a significar uma redução de salários.
«Este documento pode resumir-se em três palavras: é o documento do embuste orçamental», afirmou a cabeça de lista do BE às eleições europeias, Marisa Matias, numa reação ao DEO, esta tarde divulgado pelo Governo.