Portugal

Rui Moreira diz que Souto Moura está disponível para alterar Casa Manoel de Oliveira

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O presidente da Câmara do Porto afirmou hoje que o arquiteto Souto de Moura se mostrou disponível para redesenhar a parte habitacional da denominada Casa Manoel de Oliveira para tornar o edifício mais «apelativo».

«Tive uma conversa com o arquiteto Souto de Moura há uns dias e ele diz que a parte habitacional propriamente dita, na opinião dele, pode ser redesenhada interiormente de forma a ser mais apelativa para poder ser posteriormente alienada», disse o autarca no dia em que a hasta pública para venda do imóvel não contou com nenhum licitador.

À margem da cerimónia de entrega de próteses auditivas a idosos abrangidos pelo projeto INCLUIR no Centro Social do Cerco, Rui Moreira disse que vai ser preciso analisar a situação daqui para a frente, de forma a definir quem vai assumir os custos de um eventual projeto de modificação do edifício.

«Não sendo aquilo já a Casa Manoel de Oliveira, continua a ser a casa do arquiteto Souto de Moura, portanto vamos agora pensar no que fazer. Tem havido vários casos em que os edifícios, não sendo vendidos em hasta pública, são vendidos posteriormente», disse o presidente da Câmara Municipal.

Rui Moreira reconheceu que há o problema de «degradação da casa», já que «qualquer casa vazia, por muito que o seu proprietário cuide dela, degrada-se» e disse que «a casa não vai ficar assim com certeza».

As duas frações do imóvel denominado Casa Manoel de Oliveira, que a Câmara do Porto tentou hoje vender em hasta pública pelo valor global de pelo menos 1,58 milhões de euros, ficaram sem comprador.

O leilão decorreu esta manhã num imóvel municipal situado na rua do Bolhão, mas não houve qualquer licitação para nenhum dos edifícios que compõem o equipamento projetado há cerca de duas décadas pelo arquiteto Eduardo Souto Moura para acolher o espólio do cineasta Manoel de Oliveira.

Cerca de 10 minutos depois do seu início, a hasta pública foi declarada deserta e, nestes casos, o Código Regulamentar do Município prevê o prazo de um ano para eventuais interessados apresentarem propostas de compra cujo valor pode ser até 5% inferior ao valor base de licitação definido.