O presidente do PSD e primeiro-ministro pediu hoje aos portugueses para condenarem nas eleições europeias a demagogia e o facilitismo, que apontou como marcas do discurso da oposição e alegou quase terem destruído Portugal.
Durante um almoço de campanha da coligação PSD/CDS-PP, numa escola secundária em Macedo de Cavaleiros, Pedro Passos Coelho manifestou-se preocupado «com alguma agenda populista e demagógica» na política nacional e considerou que quem ouve a oposição «fica com a ideia de que tudo se resolveria sem sacrifício, se a Europa quisesse».
«Estas eleições são importantes para que as portuguesas e portugueses possam condenar, recusar esta mentalidade que ia destruindo Portugal e ia pondo em causa o euro e a Europa. Nós precisamos do voto das portuguesas e dos portugueses para recusar essa demagogia, para recusar esse facilitismo», acrescentou o chefe do executivo PSD/CDS-PP.
Pedro Passos Coelho começou a sua intervenção lembrando os tempos do anterior executivo do PS, que acusou de ter governado com «irresponsabilidade» deixando «os cofres vazios de dinheiro, mas cheios de dívidas» e o Estado social «à beira de não poder assumir as suas responsabilidades».
Segundo o presidente do PSD, os socialistas lançaram «muitos projetos que não faziam sentido», promoveram «o protecionismo dentro do país» e «o privilégio, o distribuir os recursos por meia dúzia», por exemplo, na reabilitação de escolas.
«Não foi por acaso que a Parque Escolar gastou tanto dinheiro, mais do que devia, a recuperar escolas: é porque essas decisões eram sempre voltadas para meia dúzia, para garantir rendimento a meia dúzia, não era para que todos pudessem concorrer e apresentar preços mais baixos, porque teríamos reabilitado muito mais escolas se isso tivesse sido assim», sustentou.
«A minha função não é recordar o que é negativo, é ter a certeza de que essa parte da nossa memória não seja reescrita por aqueles que entendem que o que se passou nestes três anos no nosso país não teve uma origem e uma causa. Teve, e foi grave», justificou Passos Coelho.