A conclusão é do Eurobarómetro especial «Europeus em 2014», alargado aos cidadãos dos 28 países da União, divulgado pela Comissão Europeia. Este inquérito mostra ainda que os portugueses e búlgaros são os mais insatisfeitos com a vida.
Se tivessem de escolher, os portugueses mais depressa confiavam nas instituições europeias que no Governo, ainda que as percentagens de confiança nuns e noutros não sejam lisonjeiras.
O governo português merece a confiança de 14 por cento dos inquiridos no Eurobarómetro da Comissão Europeia, menos um ponto percentual que a última edição do barómetro divulgada em novembro. Desde essa altura, subiu três pontos a confiança na União Europa, que é agora de 26 por cento.
Pior que o governo português, só mesmo os deputados portugueses. A instituição Assembleia da República, só merece a confiança de 13 por cento dos portugueses inquiridos, menos 2 pontos que em novembro.
Cerca de um terço dos inquiridos confia nos poderes locais e regionais em Portugal.
Ainda sobre a confiança nas instituições, a moeda única merece a confiança de 44% dos inquiridos, menos seis pontos que há seis meses.
Sobre os estados de alma dos 1025 portugueses inquiridos neste Eurobarómetro, há um titulo para a insatisfação: 62 por cento não gostam da vida que têm. É um primeiro lugar partilhado com os búlgaros.
Se a pergunta for apenas relacionada com a qualidade de vida, os portugueses são terceiros, com 83por cento de descontentamento, atrás dos búlgaros e dos romenos.
Outro primeiro lugar: 97 por cento dos portugueses consideram que a situação económica do país é má, tanto como os gregos.
Ainda no topo da tabela da insatisfação, 51 por cento dos portugueses, e também dos húngaros, não gostam da atual situação profissional.
Quando olham para o futuro, são também os portugueses, os mais pessimistas. Só 17 por cento acredita que a situação vai melhorar nos próximos 12 meses.