Na reposta a um desafio de Rangel, para que o PS celebrasse também, no sábado, a saída da troika, Francisco Assis lembra que há muita gente que não tem motivos para festeja e aconselha moderação nos festejos do fim do programa de ajustamento.
Depois de uma manhã pelo Fundão e pela Covilhã, Francisco Assis almoçou em Belmonte.
O cabeça de lista do PS discursou perante militantes socialistas, onde voltou a insistir nos benefícios do investimento nas regiões do interior e aproveitou para responder ao número um da coligação PSD/CDS que desafiou Francisco Assis a festejar o dia de saída da troika de Portugal.
Assis, que continua a percorrer localidades do interior do país, considera que o país não está para festejos de copo ou garrafa na mão.
«Quando olhamos à nossa volta e vemos desempregados, vemos uma classe média a empobrecer, vemos jovens a partir e vemos serviços do interior a encerrar, julgo que não há razão para celebrarmos coisa nenhuma, mas há razão para se fazer uma reflexão profunda e séria sobre o estado em que o país se encontra», advogou o "número um" do PS para o Parlamento Europeu.
Para Francisco Assis, mais do que para festejos, o dia que marca o fim do resgate deve servir para um momento de reflexão profunda ainda que, sublinha, haja quem queira comemorar. «Enquanto o PSD entende que pode celebrar um país empobrecido, o PS recusa aceitar o fatalismo de um país empobrecido», disse, recebendo uma prolongada salva de palmas.
O PS garante que o dia 17 não vai contar com a festa socialista. Já para dia 25 a mensagem é diferente. «se ganharmos no dia 25 de maio, festejaremos, com a devida ponderação, que não estamos em tempos de grandes celebrações», disse.
Festejos mais comedidos que o habitual e um recado para quem tem dúvidas. Esta é uma campanha e um caminho apenas e só a pensar nas Europeias, esclareceu Assis.
O cabeça de lista socialista falou ainda das diferenças entre Pedro Passos Coelho e António José Seguro que ainda não marcou presença desde o arranque oficial da campanha.