A fábrica da PSA de Mangualde vai pôr fim ao terceiro turno que foi relançado em fevereiro do ano passado. A empresa justifica a cessação deste turno com a evolução do mercado automóvel.
A partir de 25 de julho a fábrica da PSA de Mangualde vai dispensar 280 trabalhadores e passar a laborar em dois turnos. O administrador financeiro da empresa justifica a decisão com quebras de factores extraordinários de produção.
Elísio Oliveira diz que a supressão do terceiro turno é a única forma de manter a sustentabilidade da empresa até porque o normal da indústria automóvel é trabalhar a dois turnos.
Com a redução de 280 postos de trabalho, a fábrica da PSA de Mangualde, que produz para a Citroen e Peugeot, passa a empregar 820 colaboradores e a ter como referência uma produção de 192 veículos por dia. Se a procura de automóveis voltar a aumentar o construtor francês garante que vai privilegiar, em futuras contratações, os operários que vão ser dispensados.
O terceiro turno no Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA durou apenas 16 meses. Foi introduzido no início de 2013 para dar reposta a uma produção suplementar de cerca de 25.000 veículos, um acréscimo de exportações superior a 200 milhões de euros.
Ouvido pela TSF o presidente da Câmara de Mangualde acredita que o futuro da fábrica não está em risco. João Azevedo mostra ainda esperança que, tal como no passado, o terceiro turno volte a reabrir.
A TSF procura obter reações da Comissão de Trabalhadores e da Câmara de Mangualde.