O porta-voz do PSD, Marco António Costa, acusou hoje o PS de ser um «foco de instabilidade» na política nacional, considerando que se assiste no maior partido da oposição à versão portuguesa da "Guerra dos Tronos".
«Não podemos ignorar que hoje o maior partido da oposição é um foco de instabilidade na vida política nacional e que, permanentemente, nós estamos a assistir à versão portuguesa da 'Guerra dos Tronos'», afirmou Marco António Costa, em Fátima, onde é orador nas I Jornadas Formativas da JSD/Santarém.
«Trata-se, de facto, de uma situação que a nós nos preocupa, porque precisávamos de ter um Partido Socialista - o maior partido da oposição - estável e, também, determinado a querer ter um comportamento no sentido de auxiliar o país a ultrapassar as dificuldades», declarou.
Para o dirigente nacional do PSD, tem-se assistido a «um Partido Socialista que não só vive a sua guerra dos tronos, como ainda, permanentemente, procura destabilizar a situação política nacional».
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, anunciou na semana passada disponibilidade em se candidatar à liderança do partido.
«Assistimos a declarações do secretário-geral do PS esta semana a propósito do diploma do Tribunal Constitucional a reclamar eleições antecipadas. Os portugueses ficam sempre confusos, não sabem de que eleições estamos a falar, se são as internas do PS ou se são as eleições antecipadas a nível legislativo», referiu, destacando que, «de qualquer das formas, não é um bom contributo que o Partido Socialista tem dado para a vida nacional».
Ainda sobre o rescaldo das eleições europeias e questionado sobre as palavras do antigo líder do PSD Marques Mendes, no Jornal da Noite da SIC, no qual abordou uma eventual remodelação no Governo, de coligação PSD/CDS-PP, Marco António Costa respondeu: «Eu já o tinha afirmado e volto a afirmar, não vejo que tenhamos que estar a falar sobre essa matéria».
«Os portugueses não querem agitação política, querem a resolução dos seus problemas é isso que o Governo está a fazer e as matérias de remodelação governamental são de exclusiva competência do primeiro-ministro», disse o responsável.
Marco António Costa acrescentou que «o PSD respeita a autonomia do primeiro-ministro na decisão de gestão do próprio Governo» e apoia-o «incondicionalmente» naquilo que é a sua ação.