O diretor-geral de Saúde disse hoje que a curva epidémica de dengue em Campinas, onde a seleção portuguesa de futebol vai ficar instalada no Brasil, está em fase decrescente, mas alertou que o risco de infeção existe.
«Atendendo à temperatura ambiental da estação do ano, a curva epidémica de dengue no município de Campinas está na fase decrescente, o que representa um risco menor do que o que existia há uma semana», disse Francisco George à agência Lusa.
O diretor-geral de Saúde admitiu que «o risco continua a existir», mas lembrou que «as autoridades municipais estão a desenvolver e intensificar a luta para diminuir as populações dos mosquitos vetores».
No domingo, o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Campinas anunciou que entre 01 de janeiro e 29 de maio foram registados 35.184 casos de dengue.
De acordo com o balanço divulgado, o número de casos confirmados em maio (até o dia 29) foi de 4.513, o que aponta para uma queda em comparação a abril, quando foram registados 16.168 casos.
Francisco George mostrou-se convicto da eficácia das medidas que vão ser impostas pelo médico da seleção aliadas às que estão a ser tomadas pelas autoridades municipais e estaduais.
O responsável máximo da Direção-Geral de Saúde pediu aos portugueses que vão estar em Campinas que cumpram as recomendações das autoridades locais e que tenham em conta questões relacionadas com o vestuário e com o uso de repelentes.
«Deve haver uma utilização criteriosa de repelentes e deve ser usado vestuário comprido e com mangas», disse, acrescentando que o ar condicionado deve ser mantido ligado «porque os mosquitos preferem ambientes quentes».
A dengue é uma infeção viral transmitida pelo mosquito "aedes aegypti" que causa fortes dores de cabeça, dores musculares e articulares e erupção cutânea.
A seleção portuguesa, que parte hoje para os Estados Unidos, chega a 11 de junho a Campinas, onde ficará instalada, pelo menos, até ao final da fase de grupos do Mundial2014.