O escritor irlandês John Banville foi hoje galardoado com a edição de 2014 do Prémio Príncipe das Astúrias das Letras, quinto dos oito galardões anuais a ser anunciado.
A candidatura de Banville, que nasceu em Wexford em 1945, foi proposta pelo vice-diretor da Real Academia Espanhola, José Antonio Pascual Rodríguez, e pelo embaixador de Espanha em Dublin, Javier Garrigues.
Banville impôs-se na última ronda de votações do juri ao japonês Haruki Murakami e ao inglês Ian McEwan.
O galardoado foi escolhido de entre duas candidaturas de 17 países, incluindo uma de Moçambique, que foram apresentadas para o quinto dos oito galardões anuais do Prémio Príncipe das Astúrias.
Nas últimas semanas já foram atribuídos ao arquiteto Frank Gehry o prémio das Artes, ao historiador e hispanista francês Joseph Pérez o prémio das Ciências Sociais 2014 e ao desenhador gráfico argentino Quino, da personagem Mafalda, o de Comunicação e Humanidades.
Na semana passada, o químico espanhol Avelino Corma e os norte-americanos Mark E. Davis e Galen D. Stucky foram galardoados com o Prémio de Investigação Científica e Técnica.
Estes prémios reconhecem o «trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário realizado por pessoas, instituições, grupos de pessoas ou de instituições».
No caso da categoria das Letras o prémio reconhece aqueles «cujo trabalho de criação literária represente um contributo relevante para a literatura universal».
No ano passado, o prémio foi atribuído ao escritor espanhol Antonio Muñoz Molina.
O Prémio Príncipe das Astúrias das Letras reconheceu nas edições mais recentes o norte-americano Philip Roth (2012), o poeta e cantor canadiano Leonard Cohen (2011), o escritor libanês Amin Maalouf (2010), o albanês Ismaíl Kadaré (2009) e a canadiana Margaret Atwood (2008).
A brasileira Nélida Piñon, galardoada em 2005, foi até agora a única escritora em língua portuguesa a ser reconhecida com estes galardões.