A especialista em arqueologia biológica, Eugénia da Cunha, indicou que poderão ser tiradas várias conclusões caso se encontrem ossos e que os primeiros testes poderão até mesmo ser feito no local onde esses vestígios forem encontrados.
Eugénia da Cunha, especialista em arqueologia biológica, explicou que os técnicos que estão no terreno à procura de vestígios relacionados com o desaparecimento de Maddie McCann poderão tirar várias conclusões caso encontrem ossos.
«A posição de inumação pode dizer se foi um enterramento à pressa ou não, se foi atirada de qualquer maneira ou não, se houve intenção de ocultar o corpo ou não», explicou esta especialista.
Eugénia da Cunha adiantou ainda que «há uma análise sumária em que conseguimos logo ver se os ossos são humanos ou não e se são se são de uma criança, adolescente ou adulto ou se é um adulto mais novo ou mais velho, se é homem ou mulher».
A responsável pela abertura do túmulo de D. Afonso Henriques esclareceu também os traumatismos poderão indicar «se foram feitos na altura da morte, antes ou depois», o que é «fundamental».
Eugénia da Cunha explicou também que situações como asfixias e intoxicações não deixam vestígios no esqueleto, ao contrário de um «traumatismo violento no crânio que pode falar sobre a causa da morte».
«Como já passaram alguns anos, muito provavelmente o corpo [de Maddie] estará totalmente esqueletizado, não há tecidos moles. Ossos e dentes guardam muitas informações, mas há muitas causas da morte que não ficam no esqueleto», sublinhou.
Para esta especialista, «só se ela foi agredida violentamente é que poderá haver alguma hipótese de vestígio no esqueleto».