Num regresso às memórias da II Guerra Mundial, no dia em que passam 70 anos do dia D, a TSF conta a história de dois irmãos com raízes portuguesas que nasceram nos Estados Unidos, nos anos 20 do século passado. Mário e Armando foram chamados pelo exército norte-americano, estiveram na frente de combate em França, na sequência do desembarque na Normandia.
As ruas de Paris, cidade recém-libertada das tropas alemãs, estavam tomadas pelo frenesim das tropas aliadas que passeavam em grupos. Sem data ou hora marcada aconteceu o inesperado. Mário e Armando Tavares reencontraram-se.
«O momento foi emotivo, agarraram-se a chorar um ao outro, deram graças a Deus de estarem libertos da guerra e dos pesadelos que ela incorporou», explica Francisco Tavares é filho de Armando, o mais novo dos dois irmãos, nascidos na América, de um casamento entre um português e uma luso-descendente.
Jovens adultos, em 1942, foram chamados pelo exército norte-americano. Assim começou a separação dos irmãos na II guerra mundial.
Sobre o tio, Francisco Tavares pouco sabe, porque guardou para ele as memórias do conflito. Do pai ouviu muitas, com medo e sofrimento à mistura.
Armando Tavares veio para Portugal em 1966, mas foi mantendo contacto com amigos feitos em tempos de guerra.
Faleceu em 2005, lúcido e com memória fresca do horror a que sobreviveu, mas feliz pelos final inesperado em Paris.