Política

Passos Coelho quer «segurança e previsibilidade» para Estado «não falhar obrigações»

No Porto, o primeiro ministro adiantou que, com o fim do programa de ajustamento, é tempo de sarar feridas provocadas pela crise e anunciou a criação de um fundo de 122 milhões de euros para estimular o empreendedorismo social.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, alertou hoje no Porto para a necessidade de «segurança e previsibilidade» para que o Estado possa ter as contas «equilibradas» e executar uma «estratégia orçamental plurianual consistente e credível».

O primeiro-ministro falava na sessão de encerramento do V Congresso "Solidariedade - Novos Caminhos, Valores de Sempre", da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).

Para «executar essa estratégia», o primeiro-ministro sustenta que o Estado, os portugueses, as famílias e as empresas precisam «de segurança e de previsibilidade», não apenas para o presente, «mas também para o futuro».

«O Estado é o responsável último pelas políticas sociais e pelo seu financiamento. Ora, o pior inimigo do Estado Social é a imprevidência e a irresponsabilidade», alertou Passos Coelho durante o discurso.

«Para não falhar nas suas obrigações, o Estado tem de ter as suas contas equilibradas. Essa é uma das finalidades principais de uma estratégia orçamental plurianual consistente e credível, sobretudo num país que acabou de fechar um programa de assistência externa e que tem níveis muito elevados de endividamento -- quer público, quer privado», afirmou Passos Coelho.

O primeiro-ministro, que não quis prestar declarações aos jornalistas, considerou como «dever fundamental deste Governo, assim como de todos os Governos nas próximas décadas, garantir as condições essenciais para a sustentabilidade de um Estado social forte», bem como «da economia social de mercado» que o país quer ter.

Nesta intervenção, o primeiro ministro adiantou que, com o fim do programa de ajustamento, é tempo de sarar feridas provocadas pela crise e anunciou a criação de um fundo de 122 milhões de euros para estimular o empreendedorismo social.