Vida

Seis anos de prisão para comandante de avião angolano em que morreram 28 pessoas

Um tribunal militar de Angola condenou a seis anos de prisão o comandante do avião da Força Aérea Nacional angolana que se despenhou em setembro de 2011 na província do Huambo, matando 28 pessoas.

Além da pena de prisão, o Tribunal da Região Militar Centro condenou o comandante da aeronave Embraer-120, que integrava a esquadra VIP do Comando Operacional da Força Aérea, à sua expulsão das Forças Armadas Angolanas.

O militar, de 43 anos e com mais de vinte anos de serviço, foi julgado pela prática de crime de violação das regras de voo e sua preparação, tendo sido responsabilizado pelo choque da aeronave contra o solo do Aeroporto Albano Machado, na cidade de Huambo, ocorrido no momento da descolagem, a 14 de setembro de 2011.

Neste avião militar viajavam 32 pessoas, 26 das quais morreram carbonizadas no local do acidente e outras duas já no hospital.

Entre os vários militares que morreram neste acidente encontravam-se tenentes-generais, brigadeiros e coronéis, além de civis e crianças. O piloto, agora condenado, foi um dos quatro sobreviventes do acidente.

Reunido na quinta-feira, o tribunal militar decidiu ainda absolver o copiloto, outro dos sobreviventes.

O tribunal militar condenou ainda a Força Aérea Nacional e o comandante da aeronave ao pagamento de indemnizações de 3,5 milhões de kwanzas (25 mil euros) aos familiares de cada vítima do acidente e de um milhão de kwanzas (7.500 euros) aos outros três sobreviventes.

No dia seguinte ao acidente, em carta enviada ao Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, o presidente José Eduardo dos Santos considerou esta «uma perda incalculável para as Forças Armadas Angolanas, assim como para as famílias enlutadas, que nem mesmo nos piores momentos da guerra, que dilacerou o país, havia sofrido de uma só vez uma tragédia de tal dimensão».

Redação