Vida

Sindicato mantém greve à recolha do lixo em Lisboa na quinta-feira

A greve dos trabalhadores do município de Lisboa, onde incluem os da recolha do lixo, vai manter-se na quinta-feira, à exceção dos elementos do Regimento dos Sapadores Bombeiros, informou o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

«Vamos manter a greve de dia 12 [de junho], à exceção do Regimento de Sapadores Bombeiros", afirmou hoje à Lusa o dirigente Vítor Reis, do STML, no final de uma manhã de discussão entre a direção daquele sindicato.

Vítor Reis adiantou, contudo, que foi cancelada a greve ao trabalho extraordinário entre 13 e 22 junho, assim como a paralisação dos trabalhadores da limpeza urbana da cidade no dia 14 de junho.

A decisão surge menos de um dia depoias de o STML ter estado reunido durante quatro horas e meia com o executivo municipal nos Paços do Concelho, em Lisboa, e na sua origem estiveram as propostas apresentadas na terça-feira pela Câmara, como a entrada imediata de 150 trabalhadores para a área da limpeza urbana. Destes, 125 serão avençados e os restantes contratados através do Contrato Emprego-Inserção (CEI), do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o que se traduz num reforço de 25 trabalhadores avençados, face ao que foi anunciado pela autarquia na semana passada.

A paralisação de quinta-feira, dia dos Casamentos do Santo António, das Marchas Populares e na véspera do dia da cidade, foi convocada pelo STML e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), abrangendo todos os setores e funcionários da autarquia e das juntas de freguesia de Lisboa.

Os trabalhadores queixam-se da falta de pessoal, uma situação dizem ter como consequência o elevado número de horas de trabalho, e das más condições laborais.

Segundo números do STML, a descentralização das competências do serviço de limpeza urbana para as juntas de freguesia levou à saída de 650 trabalhadores, sendo que na autarquia ficaram menos de 500 e 180 não estão aptos para efetuar aquelas tarefas.