Política

PS: Comissão Nacional confirma primárias a 28 de setembro

O líder do PS anunciou que divulga segunda-feira a sua proposta de regulamento das eleições primárias. Seguro conseguiu também fazer aprovar proposta que prevê congressos nas federações a 5 e 6 de setembro.

As eleições primárias no PS vão mesmo realizar-se a 28 de setembro, tal como pretendia António José Seguro. Depois de uma acesa discussão, que durou cerca de três horas, a comissão política confirmou a data e afastou a proposta de António Costa que pretendia antecipar as primárias para 14 de setembro.

O secretário-geral do PS apelou para que se respeite a decisão tomada na Comissão Nacional e adiantou que, na segunda-feira, disponibilizará um projeto de regulamento das primárias, documento que será discutido na reunião da Comissão Política do PS da próxima quinta-feira.

Esta posição de António José Seguro foi transmitida à agência Lusa por fontes socialistas na reunião da Comissão Nacional do PS que decorre em Ermesinde, concelho de Valongo.

António José Seguro frisou que pretende que o processo das eleições primárias, tendo em vista a escolha do candidato socialista a primeiro-ministro, decorra «com a máxima transparência». Na sua intervenção, o líder socialista voltou a fazer duras críticas aos apoiantes de António Costa, dizendo que esta crise interna «abre um precedente gravíssimo no PS».

A intervenção do secretário-geral do PS antecedeu o início da discussão do segundo ponto - e último - da ordem de trabalhos da reunião sobre a marcação de eleições para as federações socialistas.

Segundo fontes socialistas citadas pela Lusa, a proposta do líder do partido, para a realização de congressos nas distritais socialistas nos dias 5 e 6 de setembro, foi aprovada pela Comissão Política. A proposta teve 135 votos a favor e 88 contra.

Os apoiantes do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, propuseram que estes congressos nas federações do partido apenas se realizassem a 25 de outubro, o que foi rejeitado em Comissão Nacional.

O inicio dos trabalhos da Comissão Nacional PS, este domingo de manhã, deu-se com a Comissão a rejeitar a realização de eleições diretas e um congresso extraordinário, como pedia António Costa. Maria de Belém Roseira, presidente do PS, justificou a recusa com base no parecer do conselho nacional de jurisdição.