O ex-candidato presidencial Manuel Alegre classificou hoje como intolerável o clima de tensão registado no domingo, em Ermesinde (Valongo), quando o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, saiu da reunião da Comissão Nacional do PS.
Durante a Comissão Nacional do PS, dezenas de populares concentraram-se à porta da reunião e, no final, aplaudiram o secretário-geral do PS, António José Seguro, e alguns deles insultaram depois António Costa, chamando-lhe «traidor», «oportunista», «borra-botas» e mandando-o de volta para Lisboa.
«Esses incidentes são intoleráveis e não podem voltar a repetir-se. Tenho informações de que grande parte é militante do PS, o que exige uma intervenção imediata dos órgãos do partido», declarou Manuel Alegre à agência Lusa.
O "histórico" dirigente socialista sustentou depois que «este tipo de fenómenos», como aquele que ocorreu em Ermesinde, no domingo, «resolvem-se à nascença sob pena de a situação ficar incontrolável».
«O PS é um partido democrático, onde não há lugar para arruaceiros. As responsabilidades nacionais do partido exigem um clima de serenidade e de respeito mútuo. Se o PS não souber resolver democraticamente os seus problemas internos corre o risco de perder o país», avisou ainda Manuel Alegre.
A TSF contactou Manuel Alegre que prefere não dizer mais nada, ficando agora à espera da reação do partido à exigência de uma intervenção imediata para evitar que o caso se repita.
Contactámos também Jorge Coelho, um dos nomes, a par de António Vitorino, sugerido por António Costa para a organização das primárias. Jorge coelho diz que não quer comentar a situação atual do PS. Tentámos também falar com António Vitorino, mas sem sucesso.