Política

António Costa deve clarificar se vai tentar aproximação à Esquerda, diz Alfredo Barroso

Este fundador do PS, que assinou um manifesto de apoio a António Costa, frisou que o autarca e candidato à liderança socialista tem de explicar se se vai esforçar «para negociar uma plataforma de entendimento com os partidos da Esquerda».

Alfredo Barroso não gostou de ver António Costa, autarca de Lisboa e candidato à liderança do PS, dizer que o partido não tem uma política de pisca-pisca à Esquerda ou à Direita, preferindo antes virar o partido para todos os portugueses.

Em declarações à TSF, este fundador do PS, que assinou um manifesto de apoio à candidatura de António Costa, entende que nunca se poderá colocar um cenário de aliança com os partidos da Direita, algo que deve ficar claro antes das primárias.

Alfredo Barroso, que já tinha avisado que o seu apoio a António Costa era condicionado, entende que o autarca «está sobretudo a ser deselegante em relação às pessoas que achavam que essa é uma questão que deve ser discutida».

«Está a proteger-se pessoalmente, então é uma questão de ambição pessoal e de combate entre dois galos para ver o que fica a reinar na capoeira», explicou este fundador do PS, que acha que esta posição não serve os interesses do partido.

Alfredo Barroso defendeu que António Costa não tem de dizer com quem se vai coligar, mas «tem de ter a coragem de explicar que vai ou não fazer um esforço para negociar uma plataforma de entendimento com os partidos da Esquerda».

Perante o cenário atual, Alfredo Barroso admite que poderá apoiar o autarca de Lisboa nas primárias socialistas, contudo, se não houver uma clarificação neste sentido poderá não contar com o seu voto numa fase posterior.

«Já toda a gente sabe que ele é melhor que o Seguro», mas «esta declaração de que não se vai preocupar com a teoria do pisca-pisca desiludiu-me sinceramente», concluiu.

Redação