O antigo ministro da Defesa Paulo Portas justificou a opção pela compra de submarinos alemães em 2003 com a antiguidade dos equipamentos, sublinhando ter sido poupado um total de mil milhões de euros.
Paulo Portas está a explicar, na Comissão de Inquérito ao caso dos submarinos, a atuação enquanto ministro da Defesa.
O ex-ministro justifica a necessidade de agir para evitar o colapso, tendo em conta o estado em que diz ter encontrado o equipamento militar em 2002.
«À cabeça, quero destacar o risco de desaparecimento de capacidades militares por absoluta vetustez dos equipamentos. O estado da arte era este: as corvetas já tinham ultrapassado os 40 anos de vida, os submarinos que sobravam haviam sido projetado há 40 anos, as chaimites iam a caminho das quatro décadas, as G3 eram do tempo da guerra, os aviocar tinham 30 anos», enumerou o atual vice-primeiro-ministro.
Paulo Portas sublinhou ainda que o concurso para a aquisição de submarinos não começou em 2002 e que a questão das contrapartidas teve deficiências desde o início.